segunda-feira, 3 de março de 2014

FVM: Brinquedos de material reciclado

Nossa , fazia tempo que eu nao escrevia aqui no meu blog favorito :) Muitas coisas aconteceram na minha vida desde o meu ultimo post: tive o meu terceiro filho, mudei de pais e perdi uma pessoa muito querida. Mas eu tinha que postar as criancoes do meu filho de 4 anos, AMO, AMO, AMO. Ele se proclamou artista e todo dia faz um desses - tem muito mais. Redescobrir Mr Maker no youtube ajudou e serve de inspiracao. De qualquer maneira essa e a maior representacao de que a brinquedo e brincadeira e a gente que faz. Convenhamos, melhor do que qualquer brinquedo da Rihappy. (desculpa pela falta de acentos, admiro o portugues muito bem escrito, mas nao sei colocar acento nesse computador e nao vou descobrir agora, mas prometo que se voltar a ativa aqui vou fazer questao, mas dessa vez me perdoem).









O criador e esse molequinho ai embaixo, so que mais maduro :)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FVM: Cadeira nova por R$10

Eu sempre fui da filosofia de reaproveitar tudo que temos. REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR. Não que não seja gostoso ter coisas novas, mudar a cara de um lugar ou a nossa própria. Mas faz tempo que eu aprendi que absolutamente tudo que a gente consome tem um preço, não só o da etiqueta, mas um preço para o nosso planeta e para nossos ecossistemas. Do carrinho hot wheels, ao sabão em pó, do sanduiche do Mc ao caderninho de desenho, tudo compreende extração de recursos naturais, poluição da água, do ar e do solo, desmatamento, extinção*. Por isso eu sempre prefiro dar vida longa ao que já existe, como nos velhos tempos.
Estava precisando de uma cadeira extra aqui em casa. Sem prospectos de alguma doação por parte dos amigos e familiares cheguei a dar uma olhada na Tok Stock e Etna, muita coisa bacana, tudo pra mais de R$110, fora preço que não tem preço. Então resolvi dar uma olhada em um brechó de um asilo de velhinhos.Para minha felicidade tinha várias cadeiras de madeira por R$10, todas firmes e fortes, só desgastadas. Essa me encantou. Poderia ter deixado do jeito original, mas como tinha uma lata de tinta preta de chão a base de água (menos tóxica) dando sopa, resolvi deixá-la como nova.  Quem adorou a brincadeira foi meu assistente.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Bob Kennedy e o verdadeiro significado do crescimento econômico

Ultimamente eu venho pensando no significado de todo esse boom econômico que dizem estar acontecendo no Brasil. A classe C agora consome e sendo ela uma grossa camada da nossa pirâmide social, me parece que os nossos índices econômicos subiram as alturas. E com isso a classe A, a detentora dos bens de produção, engorda as contas e gera mais emprego para a classe C, mesmo que o emprego seja fabricar agrotóxico, canudinho plástico ou purê de batata em pó.  Eu sei que a dinâmica é mais complexa, mas a grosso modo é isso que todo economês com índices e cifras demonstra. A classe B, nessa balança de extremos, ou perde a classe sendo rebaixada, ou, como em um conto de fadas de histórias registradas em revistas como Exame e Isto É Dinheiro, sobe para a primeira divisão. Quem permanece na B, abre uma lojinha de roupas ou sapato para a mulher, afinal alguém tem que ajudar com a renda familiar, mesmo que o investimento seja arriscado.
Mas ai eu vejo a realidade a minha volta e não entendo nada por o caos só me parece se intensificar.   
Por exemplo:
Enquanto a Associação do Comercio da cidade onde moro vibra com o aumento de 15% nas vendas de carro 0km na cidade. Eu considero esse dado terrível.  Para mim se traduz em mais trânsito, mais poluição, menos gente andando a pé ou de transporte público, mais gente gorda, mais dinheiro gasto com gasolina ou álcool, o que se traduz em mais poluição e menos sustentabilidade, enfim, não tem nada bom. Tá bom, carro é sinônimo de independência, de viagens, de diversão, concordo, mas segundo o mesmo órgão na cidade hoje existem 1 carro para cada pessoa e meia, péssimo. Um carro por família já estaria mais que bom.  
Cadê a educação? As escolas públicas estão falidas e acabadas, as privadas são na maioria bem mais ou menos, no Brasil adoramos nivelar tudo por baixo, bem baixo mesmo, por que será? Só as mensalidades que são lá em cima. Minha filha outro dia chegou em casa e perguntou: Mãe, porque todo mundo acha que cuidar da natureza é só jogar o lixo no lixo? PREGUIÇA, DESINTERESSE, DESINFORMAÇÃO, NÃO DÁ DINHEIRO, BURRICE... É esse o nível das aulas de meio ambiente das escolas.
...
Recentemente eu me deparei com um livro muito bacana nas livrarias chamado "A Felicidade"*, idealizado pelos italianos Domenico De Masi e Oliviero Toscani. Para quem não sabe eles são os caras por trás da marca Benetton e suas campanhas publicitárias provocativas e inusitadas, que desde a adolescência admiro muito. O livro é uma coletânea de dizeres e ensaios filosóficos de todos os grandes pensadores da Grécia antiga a modernidade que analisa o que leva o homem a ser feliz... Deverás interessante.
Entre as várias citações do livro, uma em especial me chamou a atenção, uma carta escrita pelo ex-senador americano Robert F. Kennedy**, há mais de 40 anos. Nela, ele disserta sobre o verdadeiro significado do crescimento econômico americano, que no linguajar econômico se traduz por PIB (Produto Interno Bruto). A carta caiu como uma luva para dar início a uma nova sessão sobre ECONÔMIA no manual. E traduz exatamente aquilo que eu penso sobre o suposto crescimento econômico brasileiro:
“Sejamos claros desde o início: não encontraremos nenhum propósito para a nação e nem nossa satisfação pessoal na mera corrida pelo progresso econômico, na infindável acumulação por bens materiais. Não podemos medir o espírito nacional com base no índice Dow Jones, nem os sucessos com base no PIB.
O PIB compreende a poluição do ar e a publicidade de cigarros. Inclui na conta as fechaduras especiais com que trancamos nossas casas e as prisões para aqueles que as arrombam. O PIB compreende a destruição de nossas matas e a morte de nossos lagos.
O PIB cresce com a produção de mísseis, de ogivas nucleares e a disseminação de doenças. O nosso PIB se infla com os equipamentos que a polícia usa para reprimir as manifestações populares. Compreende o fuzil Whitman e a faca Speck. A transmissão de programas de televisão que celebram a violência para vender mercadorias as nossas crianças.
O nosso PIB compreende tudo isso. Mas não leva em conta o estado de saúde de nossas famílias, a qualidade de sua educação ou a alegria de seus momentos de lazer. É indiferente em relação à decência de nossas fabricas e a segurança de nossas estradas.
Não compreende a beleza de nossa poesia, a solidez de nossos casamentos, a inteligência de nossas discussões ou a honestidade de muitas pessoas. Não leva em conta a justeza das relações.
O nosso PIB não mede nossa coragem, nossa sabedoria, nem nosso conhecimento, nossa compaixão, nem nossa devoção ao país.
Em poucas palavras. Mede tudo. Exceto aquilo que torna a vida digna de ser vivida.”
Bob Kennedy  
* “A Felicidade” (Editora Globo, 132 páginas, R$ 44,90)
** Irmão mais novo do ex-presidente  americano John F. Kennedy, foi Ministro da Justiça americana e Senador por Nova York. Contribuiu ativamente para a conquista dos direitos civis do afro-americanos. Morreu como o irmão, assassinado em 1968, por não se vender a classe suja da política.

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Marcha pela humanização do parto

Felizmente a resoluções do CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) publicadas no dia 19 de julho, que veta a participação de médicos obstetras em partos em casa e proíbe a presença de doulas, obstetrizes e parteiras em partos hospitalares, foram suspensas no dia 30 de julho, até a decisão final.
Inacreditável imaginar que um órgão de medicina seja tão insensato e mesquinho. Dá para ver nas mãos de quem a gente coloca as nossas vidas e as vidas de nossos filhos. Ainda bem que existem pessoas de bom senso e medidas inteligentes foram tomadas para evitar esse absurdo. Mas isso em primeira instância. Precisamos unir forças e reivindicar o direito de toda mulher de escolher como, com quem e onde ter seus filhos.
No domingo, dia 05 de agosto, acontecerá uma marcha pela Humanização do Parto em algumas cidades brasileiras, sendo a concentração maior no Rio de Janeiro, Ipanema, posto 9, às 14h.



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terça-feira, 17 de julho de 2012

MHCMC e Greenpeace juntos pelo desmatamento zero

Desde pequena eu admiro o Greenpeace. Nas minhas fantasias da adolescência eu sempre me imaginava uma super ativista salvando baleias e barrando construções de usinas nucleares. Nunca cheguei lá. No entanto, me orgulho de que uma das primeiras matérias que eu publiquei no jornal Folha de S. Paulo, em 1999, foi sobre uma brasileira que fazia parte da tripulação do barco Rainbow Warrior do Greenpeace, intitulada “A guerreira do arco-íris”.

E se como ativista eu nunca peguei no pesado, ao menos eu tenho a consciência de que toda e qualquer ação minha nesse planeta tem um impacto e cabe a mim escolher. Por isso, sou e sempre serei uma ativista de coração.   

Na minha singela opinião, nenhum ser humano em sã consciência é capaz de ser conivente, ou de não se indignar com o que estão fazendo com nossas florestas. Com o conhecimento que se tem hoje, nem mais uma árvore deveria ser cortada e ponto. No entanto, não há o que o dinheiro não compre ou não seja capaz de pagar, infelizmente. Até a renomada revista Veja se coloca a mercê dos lobistas (afinal quem é que paga as contas?) e só esse ano publicou uma série de matérias caqueticas em favor da construção da Belo Monte e dos agrotóxicos, por exemplo. 

Já o novo Código Florestal simplesmente liberou tudo, pode cortar e plantar feijão, milho e soja transgênica que ninguém vai se incomodar. Afinal, o Brasil é o celeiro do mundo, como apregoa a ignorância ruralista. A questão dos transgênicos é grave e a opinião pública não tem noção dos fatos. A ganância faz o homem contaminar a próprio alimento e toda a cadeia alimentar (em breve vou escrever uma boa história sobre o assunto, está na incubadora).

Tem que haver um breque para tudo isso. Segundo as organizações americanas Defenders of Wildlife e National Wildlife Federation, o ritmo em que espécies de animais e plantas estão sendo extintos é chocante. “Por hora uma espécie de animal ou vegetal é extinta” (DW).  Não precisa ser gênio para se ligar que nós, com tanta inteligência e tecnologia, já entramos na fila.  

Nossas crianças não vieram a esse mundo para terem problemas respiratórios, diabetes, problemas de estômago, uma infecção atrás da outra, câncer, obesidade, apatia, falta de energia ou excesso dela. Muitas são incapazes de correr dois quarteirões, não sabem subir em uma árvore ou nunca fizeram uma trilha na mata. A vida consiste, no final do dia escolar, onde se aprende muita coisa inútil, a colocar um pijaminha do Ben 10 e vislumbrar a tela da TV ou do computador. Essa é uma geração que está sendo dopada com antibióticos, xaropes, remédios neurológicos e o diabo a quatro. Por que será que existe uma farmácia em cada esquina?

Não, não. A vida é curta demais e deve ser vivida. Toda essa ladainha de desenvolvimento econômico só tolhe e coloca redeas nas pessoas e no verdadeiro significado de vida. Desenvolvimento esse que destrói, polui e mata. Tudo isso para vender milho transgênico, debulhado no pratinho de isopor, servido com a colher plástica e acompanhado de um inocente refri, com dois canudos, por favor.
Gente, está na hora de acordar, abrir bem os olhos e o coração. Está todo mundo vagando por ai a mercê de qualquer publicidade que vai te vender mais alguma tranqueira na ilusão da felicidade. Experimente agir, se informar e mudar de verdade. Garanto que a satisfação vai ser imensa.

Desde que comecei a escrever esse blog, há 8 meses atrás eu não tinha noção que me tornaria uma espécie de cyberativista, quem sabe não é meu sonho se tornando realidade no conforto da minha cadeira. Na verdade não sou tão sossegada assim não, existe muita ação no meu mundinho, só queria muito encontrar mais gente nessa mesma onda por ai...

ASSINEM A PETIÇÃO ABAIXO:

quarta-feira, 11 de julho de 2012

FVM: Pitanga e pet: Lembrancinha sustentável

Algumas semanas atrás, comemoramos o aniversário de 3 anos do meu filho em um buffet infantil tradicional. O que significa muitos refrigerantes, utensílios descartáveis, balas e chicletes cheios de corantes e no final da festa uma das opções obvias de lembrancinha que a gente não sabe mais onde enfiar: garrafinha de água, brinquedinhos sortidos que quebram no minuto seguinte ou, para ser curta e grossa, qualquer tranqueira que se encontra numa loja de 1,99.
Pois bem, isso tudo para mim era inaceitável, se não faz parte da minha vida, não faria parte do aniversário do meu filho. Então tratei de alugar os talheres, pratinhos de cerâmica e copos de aço inox para as crianças para serem servidos os sucos naturais de maracujá e uva orgânicos. Dispensei os saquinhos com balas e chicletes e passei a noite assando cookies de aveia e chocolate chips também feitos com ingredientes orgânicos, que foram o maior sucesso (esqueci de fotografar, ups). E fiz questão de retribuir a presença de todos os seus amiguinhos da escolinha com algo que eu considero ter valor inestimável: uma árvore.
Pedi para o buffet me doar algumas garrafas de refrigerante, ironicamente elas não ficaram fora da festa, e as reutilizei como vasinhos para as mudinhas de pitanga que pipocaram em praticamente em todos os vasos do meu quintal. Nesse último verão consumimos pitanga como nunca. Descobrimos algumas árvores em uma praça perto de casa e regularmente íamos lá nos abastecer. As sementes eram jogadas aleatoriamente nos vasos e quando menos esperávamos tínhamos mais de 160 mudinhas. Temos mudas de mangueira, abacateiro, lichia, laranjeira, jabuticabeira tudo resultado de sementes que foram despretensiosamente colocados na terra de outros vasos e brotaram. Adoro.  Quero muito ter uma chácara para plantar todas essas árvores e saber que elas foram meus bebês... Está na minha listinha de sonhos.
Para completar a lembrancinha fiz um bilhetinho de agradecimento que tinha todas as informações sobre a pitangueira, uma árvore nativa da nossa Mata Atlântica, e cuidados para cultivá-la. Se cada amiguinho fizer sua mudinha vingar, o que não é difícil, em menos de 3 anos, quando eles próprios tiverem apenas 6 anos, teremos 20 árvores a mais nesse mundo, produzindo pitangas docinhas, cheias de vitamina C e cálcio. Bingo. Impossível existir lembrança melhor nesse mundo.





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